Resposta do Bloco de Esquerda aos esclarecimentos das Águas de Santarém

O Bloco de Esquerda de Santarém não se revê nos esclarecimentos dados pelas Águas de Santarém no que toca à situação de Alfange denunciada em 19 de Julho.

Em primeiro lugar o investimento de 50 milhões é apenas uma cifra para mostrar despesa, o que importa é que se formos a Alfange vemos e cheiramos Esgotos a céu Aberto de águas não tratadas. De seguida é referido que as águas em causa estão dentro dos parâmetros, parece-nos pelas regras da experiência e pelo cheiro e textura que vimos que isso facilmente se prova que não corresponde à verdade, e temos todo o gosto em que as Águas de Santarém analisem as águas em causa e nos mostrem os resultados.

Teresa Ferreira “afirmou que muitas vezes as situações não são detetadas porque a origem está dentro das próprias casas, e só em situações de obras ou de alertas é que chegam ao conhecimento da empresa”, ora isto é um insulto à população de Alfange, pois o caudal volumoso só comprova que por laxismo, falta de competência, ou má-fé (ou todas as anteriores) torna essas declarações numa impossibilidade de facto, pois uma descarga pontual nunca teria aquela dimensão nem caudal. O que se passa em Alfange é diário e dura há vários anos como facilmente se comprova trocando impressões com moradores e observando as infra-estruturas em causa, sendo prova de que existe uma descarga propositada para aquele local, e que é proveniente inclusive de outros pontos da cidade.

Não podemos deixar passar em claro a atitude do edil da capital de Distrito, que lava as mãos como pilatos de uma situação que tem obrigação de conhecer, para a qual deveria ter uma palavra, e uma solução, ou não fosse o munícipio o detentor desta empresa, demonstrando que não tem um plano para a cidade e que nem consegue cumprir a Constituição da República Portuguesa edificando um sistema de saneamento básico dando o mínimo de condições a uma população que sabemos que se encontra fragilizada, se não falássemos de um bairro humilde talvez a questão já estivesse resolvida e se os mandatos não servem para resolver necessidades básicas da população, não servem para nada.